quarta-feira, 27 de junho de 2012

PROFESSOR E ALUNO: UM CONTÍNUO E RECIPROCO APRENDER





PROFESSOR E ALUNO:

UM CONTÍNUO E RECÍPROCO APRENDER



A relação estabelecida entre um professor e seu aluno ultrapassa a sala de aula. É muito mais que um ensinamento sobre algo. Nesta relação compartilham-se experiências, conteúdos e até a intimidade da própria vida. Quando se há um diálogo sadio e profícuo entre eles, perde-se a formalidade da pessoa do professor como e somente professor e do aluno como e somente aluno. Há agora dois amigos que caminham juntos na via do conhecimento.

Na antiguidade, o sonho de educar o homem surgiu no coração de Sócrates que, pelo método maiêutico, estabelecia colóquios com o objetivo de levar os homens ao conhecimento da verdade pela capacidade intelectiva e pela prática das virtudes. Depois de Sócrates, outros vieram e avançaram no processo educacional do ser humano. Dentre eles se destacaram Platão, com a fundação da Academia, e Aristóteles, com o ensino no Liceu.

Nos nossos dias atuais parece que a educação do homem tornou-se um fardo pesado demais para o professor carregar sozinho, pois os pais que são os primeiros educadores transferiram toda a responsabilidade da educação de seus filhos para a pessoa do professor. O educador contemporâneo precisa ser pai, mãe, irmão mais velho, tio e até avô do formando porque, muitas das vezes, o professor é um modelo de pessoa ideal para muitos alunos que não tiveram a oportunidade de ter um bom exemplo em casa.

Mediante a grande modernização da transmissão do conhecimento que agora pode ser via “professor virtual”, esfriou o contato mais pessoal do professor com o aluno na sala de aula. Há, por um lado, alunos satisfeitos com essa educação via distância (virtual) em que o professor está do outro lado da rede. Outros preferem uma relação mais próxima do professor em que o aluno possa estabelecer um diálogo mais próximo e humano com ele.

A relação professor-aluno foi entendida e amadurecida com o passar do tempo. Não se trata mais de relações autoritárias em que o aluno era submetido ao professor porque este era o que sabia mais, mas de um diálogo interativo entre aquele que já tem um conhecimento prévio sobre o assunto e aquele que quer entender o tema fazendo perguntas, dando novas opiniões, sugerindo novos conceitos, para que o prazeroso processo de aprender seja permanente e reciprocamente enriquecedor para ambos os lados.

Bruno Soares[1]



[1] Seminarista da Diocese de Rubiataba-Mozarlândia 1°de Filosofia do IFTSC

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