sábado, 7 de julho de 2012

Escravidão ontem e hoje


Instituto de Filosofia e Teologia Santa Cruz

Faculdade de Filosofia





Por Jorgge Eduardo Ulisses de Resende

Escravidão ontem e hoje

Alguns veem escravidão como algo que ocorria antes de 1888, quando as pessoas eram sequestradas de suas terras de origem indo para outra pátria para fazer trabalhos que o homem branco não conseguia ou não queria fazer. Quando a Lei Áurea foi assinada, extinguiu se oficialmente a escravidão no Brasil, no entanto, na prática, ela não foi totalmente abolida.

As condições dos escravos eram precárias em tudo: “alojamento, comida, saúde”, tudo em péssima situação. Os alojamentos eram indignos para seres humanos, pois os barões não os consideravam como gente; a saúde era péssima; era bem mais fácil comprar um novo escravo do que desperdiçar dinheiro com ele levando-o ao médico. Na alimentação eles eram tratados como porcos; o que sobrava era dado a eles. Eles viviam praticamente sem dignidade. Com a assinatura da Lei Áurea, foi abolida a escravatura.

Mas seria um erro afirma que a escravidão acabou, pois em pleno século XXI ainda temos o problema da escravidão. Os trabalhos escravos existem. Na Amazônia, há os extratores de seringa, “borracha in natura”. Alguns trabalham por um prato de comida. Isso também acontece nas olarias que fabricam tijolos em condições precárias e condicionamentos péssimos.

Em pleno século XXI, ainda vivenciamos esta criminalidade. Não há respeito aos direitos humanos, à dignidade da pessoa. Parece mesmo que há um retrocesso ao tempo da escravidão, em vez de se progredir: Faz-se necessário um olhar mais atento dos políticos, um intento verdadeiro dos deputados e senadores de se tomar reais providências para que o Brasil seja, de fato, um país em que não haja escravidão. Afinal, a sujeição de pessoas, como se aquelas fossem seres inferiores, é uma grande vergonha não só pra o Brasil, mas também para o mundo, sabedor que todo ser humano é digno e deve ser tratado com reverência, pois todos são iguais em valor.



Jorgge Eduardo Ulisses de Resende[1]



[1] Seminarista da Diocese de Jataí 1° Ano de Filosofia do Instituto Santa Cruz

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