Instituto de Filosofia e Teologia Santa Cruz
Faculdade de Filosofia
Por Jorgge
Eduardo Ulisses de Resende
Escravidão ontem e hoje
Alguns veem escravidão como algo que ocorria antes
de 1888, quando as pessoas eram sequestradas de suas terras de origem indo para
outra pátria para fazer trabalhos que o homem branco não conseguia ou não queria
fazer. Quando a Lei Áurea foi assinada, extinguiu se oficialmente a escravidão
no Brasil, no entanto, na prática, ela não foi totalmente abolida.
As condições dos escravos eram precárias em
tudo: “alojamento, comida, saúde”, tudo em péssima situação. Os alojamentos eram
indignos para seres humanos, pois os barões não os consideravam como gente; a
saúde era péssima; era bem mais fácil comprar um novo escravo do que
desperdiçar dinheiro com ele levando-o ao médico. Na alimentação eles eram tratados
como porcos; o que sobrava era dado a eles. Eles viviam praticamente sem
dignidade. Com a assinatura da Lei Áurea, foi abolida a escravatura.
Mas seria um erro afirma que a escravidão
acabou, pois em pleno século XXI ainda temos o problema da escravidão. Os
trabalhos escravos existem. Na Amazônia, há os extratores de seringa, “borracha
in natura”. Alguns trabalham por um prato de comida. Isso também acontece nas
olarias que fabricam tijolos em condições precárias e condicionamentos
péssimos.
Em pleno século XXI, ainda vivenciamos esta
criminalidade. Não há respeito aos direitos humanos, à dignidade da pessoa. Parece
mesmo que há um retrocesso ao tempo da escravidão, em vez de se progredir: Faz-se
necessário um olhar mais atento dos políticos, um intento verdadeiro dos
deputados e senadores de se tomar reais providências para que o Brasil seja, de
fato, um país em que não haja escravidão. Afinal, a sujeição de pessoas, como
se aquelas fossem seres inferiores, é uma grande vergonha não só pra o Brasil,
mas também para o mundo, sabedor que todo ser humano é digno e deve ser tratado
com reverência, pois todos são iguais em valor.
Jorgge Eduardo Ulisses
de Resende[1]
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