sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

No Silêncio...


No Silêncio...

No silencio eu escuto...

                            A respiração ofegante

                            O coração a palpitar mais rápido

                            Percebo as carícias feitas no escuro

Mil e uma coisas vêm à minha cabeça

Fico a pensar o que pode ser... Ser o quê? Está querendo o quê?

Escuto o sussurrar ao pé do ouvido

Volto a perceber o coração a palpitar cada vez mais rápido...

Logo vem a sensação das mãos geladas de ansiedade

E dois corpos se encontrando um com o outro...

Quando no silêncio daquele quarto percebo...

Que as coisas poderiam melhorar cada vez mais

Começar a esquentar...

 Aumentar a ligação com o outro que esta aqui...

Mas logo desperto e vejo que tudo não passou de um sonho...

Um sonho... Não me incomodaria se ele fosse eterno...

Talvez seja eterno enquanto durarem as lembranças que trago a tona...
 
 
 
Jorgge Eduardo Ulisses de Resende
Seminarista da Diocese de Jataí
2° Ano de Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Teologia Santa Cruz

domingo, 2 de dezembro de 2012

“A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus”. (Jo 1,12)


PALAVRA DE VIDA DO MÊS DE DEZEMBRO

“A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus”. (Jo 1,12)

Eis a grande novidade anunciada e doada por Jesus à humanidade: a filiação divina, a possibilidade de nos tornarmos filhos de Deus pela ação da graça.

Mas como e a quem é dada essa graça? “A quantos a acolheram” e a acolherão no decorrer dos séculos. É necessário acolhê-la na fé e no amor, acreditando em Jesus como nosso Salvador.

Mas procuremos entender mais profundamente o que significa ser filhos de Deus.

É suficiente olhar para Jesus, o Filho de Deus, e para o seu relacionamento com o Pai: Jesus invocava seu Pai como no “Pai nosso”. Para Ele o Pai era “Abbá”, que significa papai, paizinho, a quem Ele se dirigia com palavras de infinita confidência e incomensurável amor.

Porém, já que tinha vindo à terra por nós, não se satisfez em ficar apenas Ele nessa condição privilegiada. Morrendo por nós, redimindo--nos, Ele nos tornou filhos de Deus, suas irmãs e seus irmãos, e deu também a nós, por meio do Espírito Santo, a possibilidade de sermos introduzidos no íntimo da Trindade. De modo que também para nós se tornou possível aquela sua divina invocação: “Abbá, Pai!” (Mc 14,36; Rm 8,15), “papai, paizinho meu”, nosso, com tudo o que ela representa, ou seja: certeza da sua proteção, segurança, abandono ao seu amor, consolações divinas, força, ardor; ardor que brota no coração de quem tem a certeza de ser amado.

“A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus”.

O que nos torna uma só coisa com Cristo e, com Ele, filhos no Filho é o batismo e a vida da graça que este nos proporciona.


Além disso, existe nessa passagem do Evangelho uma expressão que revela também o profundo dinamismo dessa “filiação” que devemos
realizar dia após dia. De fato, devemos nos “tornar filhos de Deus”.

Nós nos tornamos filhos de Deus, crescemos como filhos de Deus quando correspondemos ao seu dom, vivendo a sua vontade, que está toda concentrada no mandamento do amor: amor para com Deus e amor para com o próximo.


Com efeito, acolher Jesus significa reconhecê-lo em todos os nossos próximos. E também esses terão a possibilidade de reconhecer Jesus e de acreditar Nele, se descobrirem no nosso amor por eles um traço, uma centelha do ilimitado amor do Pai.

“A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus” .

Neste mês, em que recordamos de maneira especial o nascimento de Jesus aqui na terra, procuremos acolher-nos mutuamente, reconhecendo e servindo o próprio Cristo uns nos outros.

Então também entre nós e o Pai se estabelecerá uma reciprocidade de amor, de conhecimento de vida como aquela que une o Filho ao Pai no Espírito Santo, e sentiremos a todo momento brotar dos nossos lábios a invocação de Jesus: “Abbá, Pai”.

Chiara Lubich

Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em dezembro de 1998

 

domingo, 11 de novembro de 2012

Simplicidade princípio da Sabedoria


Simplicidade princípio da Sabedoria

 

 







A simplicidade é simples

E não busca luxo.

A simplicidade busca o amor.

 

O caminho para a humildade

É a simplicidade.

E a humildade leva ao amor.

 

A simplicidade é oposta a multiplicidade,

E conduz para o despojar-se do material.

Buscar a simplicidade

É buscar por algo espiritual.

 

Este algo espiritual

Não vem pelo conhecimento,

Mas sim pela sabedoria.

A simplicidade é o princípio da Sabedoria.

 

Diêmersom Bento de Araújo

segunda-feira, 22 de outubro de 2012


Prece do Beato João Paulo II na Capela da Medalha Milagrosa


Oração feita pelo Beato João Paulo II na Capela da Medalha Milagrosa, em 31 de maio de 1980.


Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco bendita sois vós entre as mulheres bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte.
Amém.

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

Esta é a oração que vós inspirastes, ó Maria, a Santa Catarina Labouré, neste mesmo lugar há 150 anos; e esta invocação, agora impressa na medalha, e actualmente levada e pronunciada por tantos fiéis no mundo inteiro!

Neste dia em que a Igreja celebra a visita que vos fizestes a Isabel quando o Filho de Deus já tomara carne no vosso seio a nossa primeira oração será para vos louvar e vos bendizer. Vós sois bendita entre todas as mulheres! Bem-aventurada vós que acreditastes! O Poderoso fez por vós maravilhas! A maravilha da vossa maternidade divina! E em previsão dela, a maravilha da vossa Imaculada Conceição! A maravilha do vosso Fiat! Vós fostes associada tão intimamente a toda a obra da nossa Redenção, associada à cruz do nosso Salvador, o vosso Coração foi por isso trespassado, ao lado do Seu Coração. E agora, na glória do vosso Filho, vós não cessais de interceder por nós, pobres pecadores. Vós velais pela Igreja de que sois Mãe. Vós velais por cada um dos vossos filhos. Vós obtendes de Deus, para nós, todas estas graças, simbolizadas pelos raios de luz que irradiam das vossas mãos abertas. Apenas sob a condição de que nos atrevamos a pedir-vo-las, que nos aproximemos de vós com a confiança, a ousadia e a simplicidade duma criança assim que vós nos levais sem cessar a caminho do vosso divino Filho.

Neste lugar abençoado, gosto de vos repetir eu próprio, hoje, a confiança, o apego profundíssimo de que vós me fizestes sempre a graça. "Totus tuus". Venho como peregrino, depois de todos os que vieram a esta capela a partir de há 150 anos; como todo o povo cristão que em grande número está aqui todos os dias para vos dizer a sua alegria, a sua confiança e a sua súplica. Venho como o Beato Maximiliano Kolbe: antes da sua viagem missionária ao Japão; precisamente há 50 anos, veio ele aqui procurar o vosso apoio particular para propagar aquilo a que chamou depois "A Milícia da Imaculada" e veio lançar a sua obra prodigiosa de renovação espiritual, sob o vosso patrocino, antes de dar a vida pelos seus irmãos. Cristo pede hoje a sua Igreja uma grande obra de renovação espiritual. E eu, humilde sucessor de Pedro, é esta grande obra que venho confiar-vos; como o fiz em Jasna Gora, em Nossa Senhora de Guadalupe em Knock, em Pompéia, em Éfeso, e como o farei no próximo ano em Lourdes.

Consagramo-vos as nossas forças e a nossa disponibilidade para servirmos o desígnio de salvação operada pelo vossa Filho. Pedimo-vos que, graças ao Espírito Santo, a fé se aprofunde e robusteça em todo o povo cristão, para a comunhão vencer todos os germes de divisão e para a esperança ser revigorada em todos os desanimados. Pedimo-vos especialmente por este povo da França, pela Igreja que está na França, pelos seus Pastores, pelas almas consagradas, pelos pais e mães de família, pelas crianças e pelos jovens, pelos homens e pelas mulheres da terceira idade. Pedimo-vos por aqueles que sofrem duma miséria particular, física ou moral, que sentem a tentação de infidelidade, que estão abalados pela dúvida num clima de incredulidade, e pedimo-vos também pelos que sofrem perseguição por causa da fé. Nós confiamo-vos o apostolado dos leigos, o ministério dos Sacerdotes e o testemunho das Religiosas. Nós vos pedimos que o apelo da vocação sacerdotal e religiosa seja muitas vezes ouvido e seguido, para glória de Deus e vitalidade da Igreja neste país, e pela dos países que esperam ainda uma ajuda fraternal missionária.

Recomendamo-vos especialmente a multidão das Irmãs da Caridade, cuja Casa-Mãe está neste lugar estabelecida, as quais, no espírito do fundador São Vicente de Paulo e de Santa Luísa de Marillac, estão tão prontas para servir a Igreja e os pobres em todos os meios em todos os países. Nós vos pedimos por aquelas que habitam esta Casa e acolhem, no coração desta capital febril, todos os peregrinos que sabem qual o preço do silêncio e da oração.

Ave, Maria, cheia de graça, a Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém.

Paris, 31 de maio de 1980.

Oraçao do Beato João Paulo II

Oraçao do Beato João Paulo II

Ó Deus, rico de misericórdia, que escolhestes o beato João Paulo II para governar a Vossa Igreja como papa, concedei-nos que, instruídos pelos seus ensinamentos, possamos abrir confiadamente os nossos corações à graça salvífica de Cristo, único Redentor do homem. Ele que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.


A igreja hoje celebra a festa do Beato João Paulo II

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Simplicidade princípio da Sabedoria


Simplicidade princípio da Sabedoria

 

 

A simplicidade é simples

E não busca luxo.

A simplicidade busca o amor.

 

O caminho para a humildade

É a simplicidade.

E a humildade leva ao amor.

 

A simplicidade é oposta a multiplicidade,

E conduz para o despojar-se do material.

Buscar a simplicidade

É buscar por algo espiritual.

 

Este algo espiritual

Não vem pelo conhecimento,

Mas sim pela sabedoria.

A simplicidade é o princípio da Sabedoria.

 

Diêmersom Bento de Araújo

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Alienação


Alienação


No cubículo escuro

Vê-se o nada

A sensação de um abatedouro

Um frio sufocante e abafado.

 

A mente não imagina

Os olhos ficam imóveis

A vontade é submetida

O agir, mecânico.

 

O televisor hipnotizante

A imagem, apreendedora

O som, dopante

O ser, alienado.

 

Diêmersom Bento de Araújo