Mas
será mesmo que você tem o direito de ir e vir?
Segundo o IBOPE, diariamente
43% da população utiliza o transporte público na capital goiana, seja para
trabalhar, estudar, para lazer, dentre outros; e sempre se depara com a mesma
cena que causa grande revolta: uma enorme falta de respeito com as pessoas; uma
superlotação, gerando um empurra-empurra nos pontos e terminais; poucos ônibus nas
linhas, causando atraso e falta de segurança. São com essas imagens que a
população goianiense se depara, e se estarrece com a forma injusta que é tratada
ao utilizar o transporte público.
Mas de quem seria a culpa de
tanta injustiça contra nós, cidadãos que pagamos duros impostos e necessitamos
dessa rede de transporte coletivo? Seria do povo, que não sabe eleger políticos,
e quando elege não cobra a eficiência no transporte e em outras áreas públicas?
Ou seria mesmo culpa de nossos políticos que nos enchem de promessas falaciosas
nas campanhas eleitorais?
Na verdade, podemos considerar
culpa dos dois lados, pois nós somos acomodados com a nossa realidade; essa é
uma triste característica do povo brasileiro. Mas culpa maior é de nossos
políticos que em campanhas eleitorais fazem discursos demagógicos, usando as
necessidades da população para se beneficiarem.
Cabe destacar que conforme determina à
constituição federal, em seu art. 30, inciso V, a competência exclusiva do
transporte público é do município. Esta lei prova que não estamos pedindo um
favor para os nossos governantes, é um direito de toda população usufruir de
transporte que seja digno.
A falta de transporte de
qualidade obriga a população, muitas vezes, a se endividar para comprar um meio
de transporte alternativo, carro ou moto, causando transtornos enormes nas ruas
da grande Goiânia, que já não suporta tamanha demanda de veículos.
A solução seria a criação de
novas linhas de ônibus, aumentar a frota, ou até mesmo a construção de estações
para veículos leves sobre trilhos, ciclovias, dentre outras, para que a
população se sinta mais respeitada, tendo o direito de ir e vir garantido.
Marcos Paulo Vilela
de Assis[1]
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