sábado, 5 de maio de 2012

Mas será mesmo que você tem o direito de ir e vir?


Mas será mesmo que você tem o direito de ir e vir?

Segundo o IBOPE, diariamente 43% da população utiliza o transporte público na capital goiana, seja para trabalhar, estudar, para lazer, dentre outros; e sempre se depara com a mesma cena que causa grande revolta: uma enorme falta de respeito com as pessoas; uma superlotação, gerando um empurra-empurra nos pontos e terminais; poucos ônibus nas linhas, causando atraso e falta de segurança. São com essas imagens que a população goianiense se depara, e se estarrece com a forma injusta que é tratada ao utilizar o transporte público.

Mas de quem seria a culpa de tanta injustiça contra nós, cidadãos que pagamos duros impostos e necessitamos dessa rede de transporte coletivo? Seria do povo, que não sabe eleger políticos, e quando elege não cobra a eficiência no transporte e em outras áreas públicas? Ou seria mesmo culpa de nossos políticos que nos enchem de promessas falaciosas nas campanhas eleitorais?

Na verdade, podemos considerar culpa dos dois lados, pois nós somos acomodados com a nossa realidade; essa é uma triste característica do povo brasileiro. Mas culpa maior é de nossos políticos que em campanhas eleitorais fazem discursos demagógicos, usando as necessidades da população para se beneficiarem.

 Cabe destacar que conforme determina à constituição federal, em seu art. 30, inciso V, a competência exclusiva do transporte público é do município. Esta lei prova que não estamos pedindo um favor para os nossos governantes, é um direito de toda população usufruir de transporte que seja digno.

A falta de transporte de qualidade obriga a população, muitas vezes, a se endividar para comprar um meio de transporte alternativo, carro ou moto, causando transtornos enormes nas ruas da grande Goiânia, que já não suporta tamanha demanda de veículos.

A solução seria a criação de novas linhas de ônibus, aumentar a frota, ou até mesmo a construção de estações para veículos leves sobre trilhos, ciclovias, dentre outras, para que a população se sinta mais respeitada, tendo o direito de ir e vir garantido.

        

Marcos Paulo Vilela de Assis[1]



[1] Seminarista da Arquidiocese de Goiânia 1°de Filosofia do IFTSC

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